Dia do Rock: músicos que não entraram para o Clube dos 27
Robert Johnson, Brian Jones, Jimi Hendrix, Amy Winehouse, Kurt Cobain, Janis Joplin, Jim Morrison.
Além de serem todos grandes músicos, eles – e mais vários outros
artistas – são unidos por uma terrível coincidência: morreram cedo, aos
27 anos. Por isso, fazem parte do chamado “Clube dos 27” ou “Para Sempre
27”, que aumenta eventualmente.
Ninguém consegue explicar realmente por que isso ocorre. Alguns recorrem aos filósofos gregos, como Pitágoras, que viam uma relação entre os números e os acontecimentos no Universo: ao que parece, o 27 simbolizava o retorno da alma a seu criador. Ainda assim, isso não justifica a peculiar quantidade de músicos que não passam dessa idade. Felizmente, é ainda maior o número de pessoas que conseguem vencer a “maldição” e hoje eu trago cinco delas:
Alguns anos atrás, todavia, o grupo foi afetado por uma briga entre os dois principais integrantes, desencadeada pelo lançamento da autobiografia “Vida”, por Keith. Nela o músico fez várias críticas e relatos nada honrosos sobre Mick Jagger, que acabou se sentindo ofendido. O problema é que a banda estava prestes a completar 50 anos e, para que fosse possível que saíssem em turnê comemorativa, Richards foi até o vocalista lhe pedir desculpas. Sobre ele, Jagger disse, em entrevista à revista Rolling Stone, que não o considera como irmão, mas que eles tem uma relação de “alguém com quem se trabalha” apenas, longe de ser fraternal. Por outro lado, Keith declarou, em 1981, que Jagger era “sua esposa” e que certamente ele diria o mesmo se questionado.
Keith, que lançou quatro álbuns solo e é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, teve sérios problemas relacionados as drogas. O músico usou de tudo: heroína, cocaína, maconha, LSD, mandrax, calmantes, entre tantas outras, sem contar o alcoolismo. “Usava drogas como quem troca de marcha”, confessou em sua autobiografia, onde também disse estar limpo há 30 anos. Na mesma obra, escreveu que John Lennon tentava repetir seus hábitos, mas não tinha o mesmo preparo: “[eu tomava] um pouquinho disso, um pouquinho daquilo [...] e depois eu ia trabalhar. Estava todo ligado. E John acabava inevitavelmente na minha privada, abraçado ao vaso”. Ainda assim, Keith Richards não apenas sobreviveu por décadas, como ainda é um músico verdadeiramente virtuoso, sendo responsável por vários riffs memoráveis, apesar de ter chegado a admitir que teria tocado melhor sem a heroína.
Na carreira solo, Ozzy não teve o mesmo sucesso estrondoso do Black Sabbath, mas depois de anos na década de 90, conseguiu largar o vício. Esperava-se que tivesse sido definitivamente, mas não foi bem assim: o frontman do Black Sabbath chegou a admitir ter consumido drogas poucos anos atrás. Em sua autobiografia, “Eu sou Ozzy”, ele confessa que consumiu muitas dessas substâncias ao longo da vida, sendo talvez surpreendente que tenha atingido os atuais 65 anos. A aparente “resistência” do músico já levou pessoas a crerem, inclusive, que sua genética sofreu mutações para aguentar o efeito das mais variadas drogas no organismo.
Curiosamente, o que quase matou Ozzy, em 2003, não foi nada tragável ou injetável, mas um acidente que ele sofreu quando andava de triciclo em sua propriedade, quando chegou a capotar. De acordo com o músico, ele realmente correu risco de vida e, por ter fraturado algumas vértebras, poderia ter perdido todos os movimentos. No entanto, logo se recuperou e hoje está aí, ainda firme e forte.
A artista ganhou aos 14 anos sua primeira guitarra e começou a fazer aulas; acabou desistindo, pois que seu professor insistia em ensinar canções folk. Depois do fim conturbado do The Runaways, motivado pelo excesso do uso de drogas por alguns integrantes, Joan apostou na carreira solo. Em 1979, gravou com Paul Cook e Steve Jones, ambos do Sex Pistols; uma das músicas escolhidas foi “I Love Rock’n’roll”, que, apesar de pertencer ao The Arrows, acabou ficando mais conhecida na voz de Jett.
Cabe dizer ainda, sobre a sua relevância no cenário musical, que, após seu primeiro álbum solo ter sido rejeitado por nada menos que 23 estúdios, Joan criou a Blackheart Records, para lançá-lo de maneira independente. Entrou para a história como a primeira mulher a ter fundado a própria gravadora.
Nem todos os fãs sabem disso, mas após terminar o colegial Kim passou por sete universidades diferentes e não terminou nenhum dos cursos. Ela chegou a trabalhar em laboratórios realizando estudos sobre biologia celular. Bem como os nomes anteriores de nossa lista, a ex-Pixies também sofreu consequências pelo uso de drogas, por sorte conseguiu se reabilitar a tempo. Ela alega que agora está limpa, porém, a esse respeito, já chegou a declarar que tinha medo de que não estar sob efeito de drogas pudesse afetar sua performance, embora tenha completado dizendo que hoje acha muito mais interessante estar “sóbria”.
Kim Deal anunciou sua saída do Pixies em junho do ano passado, mas os membros que permaneceram já deixaram claro que ela será bem-vinda caso queria voltar e consiga conciliar o tempo entre The Breeders. Atualmente ela também investe em uma carreira solo.
Ao contrário dos exemplos acima, o líder do Foo Fighters consumiu muito ácido e maconha, mas suas aventuras tiveram fim ainda aos 20 anos, pouco antes de ele se tornar integrante do Nirvana. Além disso, Dave afirmou nunca ter usado heroína ou comprimidos.
Mais recentemente, ele se casou com Jordyn Blum, produtora da MTV, e com ela teve duas filhas: Violet e Harper. Dave, que já tocou com o Queens of the Stone Age e tem diversos projetos paralelos como Them Crooked Vultures e o Probot.
Vale lembrar que apesar de todos eles terem usado drogas em devido momento e continuarem vivos, o consumo de substâncias ilícitas pode trazer uma série de complicações – inclusive permanentes – ao organismo e em muitos casos leva à morte prematura, sim. Principalmente se você não for Keith Richards ou Ozzy Osbourne.
Ninguém consegue explicar realmente por que isso ocorre. Alguns recorrem aos filósofos gregos, como Pitágoras, que viam uma relação entre os números e os acontecimentos no Universo: ao que parece, o 27 simbolizava o retorno da alma a seu criador. Ainda assim, isso não justifica a peculiar quantidade de músicos que não passam dessa idade. Felizmente, é ainda maior o número de pessoas que conseguem vencer a “maldição” e hoje eu trago cinco delas:
Keith Richards
Já em 1971, Sir Keith Richards provou que não estava disposto a ser mais um integrante do Clube, que já contava com seu ex-companheiro Brian Jones, e não apenas ultrapassou os famigerados 27 como chegou aos 70 e, até hoje, continua fazendo música, bem como seu parceiro Mick Jagger. Co-fundador da banda de rock The Rolling Stones, está há 44 anos em atividade, em turnês viaja por todo o mundo. Em 2006, o conjunto veio ao Brasil e conseguiu reunir um dos maiores públicos de todos os tempos no país, contando com cerca de 1,3 milhões de espectadores.Alguns anos atrás, todavia, o grupo foi afetado por uma briga entre os dois principais integrantes, desencadeada pelo lançamento da autobiografia “Vida”, por Keith. Nela o músico fez várias críticas e relatos nada honrosos sobre Mick Jagger, que acabou se sentindo ofendido. O problema é que a banda estava prestes a completar 50 anos e, para que fosse possível que saíssem em turnê comemorativa, Richards foi até o vocalista lhe pedir desculpas. Sobre ele, Jagger disse, em entrevista à revista Rolling Stone, que não o considera como irmão, mas que eles tem uma relação de “alguém com quem se trabalha” apenas, longe de ser fraternal. Por outro lado, Keith declarou, em 1981, que Jagger era “sua esposa” e que certamente ele diria o mesmo se questionado.
Keith, que lançou quatro álbuns solo e é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, teve sérios problemas relacionados as drogas. O músico usou de tudo: heroína, cocaína, maconha, LSD, mandrax, calmantes, entre tantas outras, sem contar o alcoolismo. “Usava drogas como quem troca de marcha”, confessou em sua autobiografia, onde também disse estar limpo há 30 anos. Na mesma obra, escreveu que John Lennon tentava repetir seus hábitos, mas não tinha o mesmo preparo: “[eu tomava] um pouquinho disso, um pouquinho daquilo [...] e depois eu ia trabalhar. Estava todo ligado. E John acabava inevitavelmente na minha privada, abraçado ao vaso”. Ainda assim, Keith Richards não apenas sobreviveu por décadas, como ainda é um músico verdadeiramente virtuoso, sendo responsável por vários riffs memoráveis, apesar de ter chegado a admitir que teria tocado melhor sem a heroína.
Ozzy Osbourne
John Michael Osbourne é outro sexagenário que continua nos palcos até hoje com sua banda Black Sabbath, formada em 1968. Também conhecido como “Príncipe das Trevas”, Ozzy é bastante famoso não apenas por “Paranoid” e outros hits, mas por casos bizarros que marcam sua vida pessoal, dentro e fora dos shows. Assim como a maioria, o rockeiro sofreu com o abuso de drogas e bebidas, tendo sido esse o provável motivo que o levou a deixar o grupo em 1979. Não por acaso, sua esposa, Sharou Osbourne, brincava que, quando o mundo acabasse, somente restariam as baratas, Ozzy e Keith Richards.Na carreira solo, Ozzy não teve o mesmo sucesso estrondoso do Black Sabbath, mas depois de anos na década de 90, conseguiu largar o vício. Esperava-se que tivesse sido definitivamente, mas não foi bem assim: o frontman do Black Sabbath chegou a admitir ter consumido drogas poucos anos atrás. Em sua autobiografia, “Eu sou Ozzy”, ele confessa que consumiu muitas dessas substâncias ao longo da vida, sendo talvez surpreendente que tenha atingido os atuais 65 anos. A aparente “resistência” do músico já levou pessoas a crerem, inclusive, que sua genética sofreu mutações para aguentar o efeito das mais variadas drogas no organismo.
Curiosamente, o que quase matou Ozzy, em 2003, não foi nada tragável ou injetável, mas um acidente que ele sofreu quando andava de triciclo em sua propriedade, quando chegou a capotar. De acordo com o músico, ele realmente correu risco de vida e, por ter fraturado algumas vértebras, poderia ter perdido todos os movimentos. No entanto, logo se recuperou e hoje está aí, ainda firme e forte.
Joan Jett
Joan Jett, fundadora do The Runaways e do Joan Jett & The Blackhearts, ela hoje 55 anos e passou batida pelos 27. Quem ganhou com isso foi o rock’n’roll: Joan é figura de grande importancia na história deste gênero musical, tendo sido uma das duas mulheres que entraram, em 2003, para a lista dos 100 melhores guitarristas para a revista Rolling Stone.A artista ganhou aos 14 anos sua primeira guitarra e começou a fazer aulas; acabou desistindo, pois que seu professor insistia em ensinar canções folk. Depois do fim conturbado do The Runaways, motivado pelo excesso do uso de drogas por alguns integrantes, Joan apostou na carreira solo. Em 1979, gravou com Paul Cook e Steve Jones, ambos do Sex Pistols; uma das músicas escolhidas foi “I Love Rock’n’roll”, que, apesar de pertencer ao The Arrows, acabou ficando mais conhecida na voz de Jett.
Cabe dizer ainda, sobre a sua relevância no cenário musical, que, após seu primeiro álbum solo ter sido rejeitado por nada menos que 23 estúdios, Joan criou a Blackheart Records, para lançá-lo de maneira independente. Entrou para a história como a primeira mulher a ter fundado a própria gravadora.
Kim Deal
Um pouco mais nova que Joan Jett, Kim Deal carrega 53 anos nas costas e a vitória sobre a idade maldita. A baixista e guitarrista fez parte do Pixies e até hoje faz parte do The Breeders, banda na qual toca com sua irmã gêmea Kelley, quem aliás também passou tranquilamente pelos 27. Kim fez parte ainda do The Amps, grupo de rock alternativo indie, que esteve em atividade em 1995 e 96.Nem todos os fãs sabem disso, mas após terminar o colegial Kim passou por sete universidades diferentes e não terminou nenhum dos cursos. Ela chegou a trabalhar em laboratórios realizando estudos sobre biologia celular. Bem como os nomes anteriores de nossa lista, a ex-Pixies também sofreu consequências pelo uso de drogas, por sorte conseguiu se reabilitar a tempo. Ela alega que agora está limpa, porém, a esse respeito, já chegou a declarar que tinha medo de que não estar sob efeito de drogas pudesse afetar sua performance, embora tenha completado dizendo que hoje acha muito mais interessante estar “sóbria”.
Kim Deal anunciou sua saída do Pixies em junho do ano passado, mas os membros que permaneceram já deixaram claro que ela será bem-vinda caso queria voltar e consiga conciliar o tempo entre The Breeders. Atualmente ela também investe em uma carreira solo.
Dave Grohl
Dave Grohl certamente dispensa maiores apresentações. O baterista, guitarrista e fundador do Foo Fighters, hoje com 45 anos, viu de perto alguém entrar para o “Grupo dos 27″ quando seu companheiro de banda, Kurt Cobain, se suicidou em 1994. Ironicamente, uma das últimas frases que Dave disse ao amigo foi “não quero que você morra”.Ao contrário dos exemplos acima, o líder do Foo Fighters consumiu muito ácido e maconha, mas suas aventuras tiveram fim ainda aos 20 anos, pouco antes de ele se tornar integrante do Nirvana. Além disso, Dave afirmou nunca ter usado heroína ou comprimidos.
Mais recentemente, ele se casou com Jordyn Blum, produtora da MTV, e com ela teve duas filhas: Violet e Harper. Dave, que já tocou com o Queens of the Stone Age e tem diversos projetos paralelos como Them Crooked Vultures e o Probot.
Vale lembrar que apesar de todos eles terem usado drogas em devido momento e continuarem vivos, o consumo de substâncias ilícitas pode trazer uma série de complicações – inclusive permanentes – ao organismo e em muitos casos leva à morte prematura, sim. Principalmente se você não for Keith Richards ou Ozzy Osbourne.
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